11 março 2011

Respeito é bom e todo mundo gosta.


Esse video "apareceu" no Twitter ontem com a seguinte pergunta: "Alguém pode contar quantos carros foram ultrapassados pela bicicleta?".
De fato, a bike ultrapassa dezenas, talvez centenas de carros.
Mas não creio que o comportamento desse ciclista deva servir de exemplo: pedala entre os carros, passa de uma faixa a outra, entra na faixa exclusiva para ônibus, não sinaliza… e tudo isso na maior velocidade. 
Sei que muitos defendem esse tipo de postura e argumentam que não há espaço para os ciclistas nas cidades. É verdade. Mas eu acho que o fato de não termos vias próprias para pedalar não nos autoriza a usar as ruas desse jeito.
Minha postura é, sempre foi e sempre será, contra radicalismos. Ao ver este video, o que senti foi uma grande insegurança, não só pelo ciclista, mas pelos motoristas e pedestres. Se eu fosse um daqueles motoristas, ficaria muito insegura com um ciclista "ziguezagueando" entre os carros daquela forma. E, como pedestre, não quero ter que me preocupar com bicicletas aparecendo do nada. Já bastam as motos.
Se não houver um mínimo de previsibilidade (e civilidade) no trânsito, aonde vamos parar?
Está mais do que na hora de começarmos a "discutir essa relação". O espaço é pequeno, nós somos muitos e a convivência torna-se impossível quando cada um decide "pegar o que é seu" na hora em que bem entende e do jeito que bem quer.
Sempre vale lembrar que respeito é uma via de mão dupla.
Beijokas da Fernanda.

30 comentários:

Pedalando & Olhando disse...

Concordo em gênero, número e grau! Tb não gostei do video, fui com vontade de transferi-lo para o Pedalando & Olhando, mas quando vi o BICICLETEIRO MAROMBADO pedalando como se ninguém mais importasse ou como se a rua estivesse fechada, achei uma imagem muito ruim para passar adiante. Acho que existe espaço bastante, e se um carro ou outro fecha o canto, até a vala (coisa que acontece, em qq parte do mundo), eu simplesmente, paro atrás e espero ele sair. Só forço a passagem se ele estiver estacionado ou então com a MALDIÇÃO DO PISCA ALERTA, praga que Recifense usa para parar em qq lugar! Aí não tem jeito. Mas pedalar daquele jeito em hipotese alguma!

Fernanda Guedes disse...

Pois é, Rogério, o problema é que muita gente age assim aqui em São Paulo, usando a desculpa de que há uma "guerra velada" entre motoristas e ciclistas.
É como dizia Gandhi: "Olho por olho e o mundo acabará cego".
Bjks
F

Anônimo disse...

Pois é, mas videos (e atitutes) assim estão borbulhando na gringa, principalmente pelos adeptos das fixas e ainda mais bike messengers. Essa atitude realmente derruba qualquer intenção de melhoria na relação entre veiculos de deslocamento que a gente tanto por. Esse ciclista no caso está agindo como um motoboy e infelizmente é assim que será caso a bicicleta se popularize da maneira como a gente quer.

Sobre os videos lá de fora que estou falando, um que recomendo é o documentario "Pedal" do Peter Sutherland.

Abraços e parabens pelo blog, conheci agora no facebook e começarei a visitar com mais frequencia.

M.
Porto Alegre

não cidadão disse...

esse vídeo teve o objetivo de mostrar o potencial da bicicleta na cidade, em oposição dos carros "estacionados" na rua.

não incentivo ninguém a pedalar desta forma. e por mais que possa parecer inseguro no video, todas as medidas de segurança e respeito a leis foram aplicadas, e são aplicadas no meu cotidiano.

cada um escolhe a maneira que lida com o trânsito e deve ser respeitado, desde que observe as normas e as pessoas.

sou cicloativista, participo do projeto "bike anjo" e advogo e participo da Ciclocidade, associação destinada a defender os direitos dos cidadãos que optaram pela bicicleta como meio de transporte.

então se precisarem de maiores explicações podem entrar em contato direto pelo email: albert.pellegrini@gmail.com.

pedalem com segurança.

abraços.

Jsk disse...

então os motoboys também deveriam ser proibidos?
o carro pode ser agressivo, a bicicleta não?
pedalar entre carros parados é errado?
a bicicleta teria que ficar lá atrás esperando todos passarem?
são muitas questões não acham?

Fernanda Guedes disse...

Não cidadão:
Eu não entendi... Aqueles carros todos na Paulista estavam "estacionados"?
E por que o uso de aspas na palavra?
O que vi no filme foram carros parados num congestionamento. Me corrija se eu estiver errada...
E não acho que as medidas de segurança e leis de trânsito foram respeitadas, pois pelo que sei, não é permitido sair "costurando" no trânsito. Se isso vale para automóveis e motos, deveria valer também para bicicletas.
Se os cicloativistas demonstrarem que a bicicleta leva vantagem sobre os carros porque burlam as regras, como esperar que os motoristas encarem a nossa presença no trânsito com respeito e cordialidade?

Jsk,
Ninguém disse que motos ou bicicletas devem ser proibidos, muito menos que a agressividade no trânsito é aceitável. Será que vc leu o post e os comentários com atenção?

Obrigada pelos comentários.
F

Verônica Mambrini disse...

O ciclista obedeceu a todas as leis de trânsito, parou para pedestres, respeitou semáforo. Realmente não vejo problemas na conduta dele. Na Paulista, utilizar a faixa do ônibus é infinitamente mais perigoso do que o corredor.

Aline Cavalcante disse...

quando a avenida paulista (ou qq outra) fica travada como no caso deste vídeo eu faço questão de pedalar no corredor onde, fatalmente, minha velocidade acaba sendo maior que carros e até motos.
Cada um sabe o limite do seu corpo e da sua bicicleta. Se fosse pra eu esperar o trânsito fluir atras de um automóvel eu compraria um e ficava ali igual eles, quietinha.
Mas uma das vantagens da bicicleta é justamente poder "ziguezaguear" entre carros, motos, pedestres. Se precisa de segurança: OOBVIO! Conheço o ciclista que fez esse video e se existe alguem prudente é ele! A experiencia de pedal te deixa seguro para fazer esse tipo de coisa e é uma delicia. Mas é como eu disse.. cada um sabe os seus limites!

Anônimo disse...

Lindo vídeo, o ciclista se porta com elegância. Avança tranquilo (não, isso não é velocidade elevada, gente) sem ameaçar ninguém, e vence o congestionamento.

Parece que a patrulha motorizada quer que a gente espere que eles terminem a manifestação deles!?

Ora, deixem de mimimi, vão atravancar outra rua com seu protesto enlatado, por favor.

Fernanda Guedes disse...

Verônica,
Muitos ciclistas acham que estão respeitando as leis de trânsito ao parar para nos faróis e respeitar os pedestres.
Mas, na minha opinião, comportar-se bem no trânsito vai além disso. Significa respeitar também aqueles que optam por se deslocar em automóveis e motos. Afinal, todos têm direito às ruas. E para que todos possam usufruir delas, devemos respeitar o pedestre, os carros, os ônibus, as motos e os demais ciclistas.
Aqui em São Paulo, manter uma postura dessas requer um exercício diário de persistência, otimismo, paciência e até mesmo de amor ao próximo! Mas eu acredito que, só assim, as coisas vão mudar num futuro que, espero, seja próximo.
Obrigada por seu comentário.

Aline,
Sei das suas habilidades com a bicicleta, jamais duvidei disso.
Mas minha posição é que, mesmo sendo um ás do volante (ou do guidão, hehehe) não deveríamos colocá-las em prática em situações em que outras pessoas estejam envolvidas. Um exemplo simplório é o de um piloto de Fórmula 1 que resolve sair a 400km por hora numa estrada. Ele até pode se garantir, mas e os demais? Estarão seguros com aquele carro passando a toda perto deles?
Trânsito é ação e reação. E a nós todos cabe pensar sempre nas consequências -- mesmo que inesperadas -- de nossos atos.
Beijokas e obrigada pelo comentário.
F

Anônimo disse...

Poxa Lady Guedes, sério que você não entendeu a ironia dos carros "estacionados" na Paulista?!? O Não Cidadão quis dizer carros congestionados, que é o mesmo que carros estacionados. Pouco de criatividade, né?!

E não acho que o ciclista está em uma velocidade alta muito menos costurando que nem um maluco. Maluco é um vídeo de Londres onde os bike messengers fazem uma competição pedalando na contramão e tudo mais.

Me desculpe, Lady Guedes, mas para "sobreviver" no trânsito de SP, muitas vezes temos que pedalar rápido, como é no caso da Paulista.
Anônimo 1

Ciclo Urbano disse...

Legal ler os diferentes pontos de vista aqui. Apenas uma correção: na Av. Paulista não há faixa exclusiva de ônibus...

Fernanda Guedes disse...

Anônimo 1,
Eu entendi a ironia de chamar os carros parados de "estacionados". Só não entendo o que leva alguém a esse tipo de brincadeira, por mais "bem humorada" que seja a intenção.
Você acha mesmo que há espaço para picuinhas num trânsito estressado como o de São Paulo, no qual nunca se sabe o nível de intolerância da pessoa que está ao lado?
Minha mãe já dizia que "não é sábio cutucar onça com vara curta".
Também acho curioso que você use a palavra "sobrebiver" quando se refere ao trânsito de São Paulo e que justifique com isso atitudes como a do ciclista do video. Imagino que os motoboys tenham um discurso parecido, o que faz deles objeto do ódio de 9 entre 10 cidadãos paulistanos.
E, como disse antes, citando Gandhi: "olho por olho e o mundo acabará cego".
Acho que vale a pena buscarmos o entendimento e a convivência pacífica, ao invés de tentarmos mudar a situação atual através do conflito.
Obrigada pela visita ao blog e pelo comentário.

Ciclo Urbano,
Obrigada pelo esclarecimento e pelo comentário.

Anônimo disse...

é sério que vc ta comparando um ciclista no corredor (a uns 30 ou 40km/h no maximo) com um piloto de formula 1?! se o piloto dirigir na mesma velocidade de um ciclista nao veja mal nenhum nisso, pq o contrário (ciclista pedalar na velocidade do piloto) é humanamente impossivel.
Pausa: vc REALMENTE acha que o ciclista ta "desrespeitando" motoristas e motoboys pedalando assim?????
e mais uma vez insisto: mesmo parecendo agressivo, pedalar desse jeito nos corredores de grandes avenidas não significa que vc é um retardado, inconsequente.

beijos

Matheus Costa disse...

Agora, vamos lá: o trânsito para. Aí você para, pois não há espaço nas laterais, só no corredor - mas corredor é proibido. Aí o trânsito anda 15 metros, os carros arrancam, vc ganha velocidade mais lentamente (vc não tem motor) e toma uma buzinada "pra ficar esperto".

Aí uma hora o trânsito começa a fluir (30 minutos depois). Vc começa a pedalar e... finas e mais finas! Os carros passam a mil do seu lado, que está no bordo da pista, mandando você ir para a calçada. E gritam: "para de atrapalhar o trânsito, ciclista idiota".

Realmente, acho que prefiro a postura do vídeo.

Bruno Gola disse...

Eu vou além, acho que essa é a forma mais segura de se pedalar em ruas e avenidas movimentadas.

Quando pego a Paulista faço questão de ocupar a segunda faixa (não a preferencial do onibus pois acho perigoso) quando não esta tudo travado e tento seguir numa velocidade constante entre 30 e 40 km/h. Por causa da velocidade dos veiculos que trafegam ali acho que essa é a forma ideal (enquanto não limitam a velocidade dos motorizados que por ali transitam).

Pra mim velocidade compativel é uma das chaves prum transito mais seguro, e já que ali os carros podem andar rápido eu procuro pedalar na mesma velocidade, me sinto mais confortavel e mais seguro.

No caso do video acho completamente aceitavel a postura e não vi o Albert desrespeitar nenhum pedestre ou veiculo/utilizador da via. Gostaria que você, lady guedes, apontasse o que considera desrespeito no video.

Não tem nada de olho por olho no video. Você fala sobre leis, lembre-se que as ruas e leis foram feitas por e para uma socidade que pensa no carro. Você como pedestre se for seguir todas as regras do CTB pode ser atropelad@ numa faixa, nunca conseguir atravessar uma rua movimentada, etc. De bicicleta é a mesma coisa, muitas vezes é muito mais seguro e prudente *não* obedecer uma ou outra regra pois as mesmas foram escritas por especialistas de uma cidade pensada para carros, para ruas que foram projetadas para os motores.

Abraço
Bruno

Drielle Alarcon disse...

Não entendo como a postura do ciclista pareceu tão insegura para alguns. Ele só troca de faixa quando há um espaço seguro para isso, e, o resto do tempo, passa deslizando entre os carros parados ou em baixa velocidade.

Os motoristas não teriam motivo para se sentirem inseguros com o ciclista na via, a não ser que intentassem mudar de faixa sem sinalizar e usar o retrovisor, ou que forjassem nele o alvo de alguma frustração. Mas nesses casos, obviamente, o culpado não seria o ciclista.

Concordo que nunca sabemos quem está dentro do carro ao lado, e, assim sendo, é preciso evitar situações de atrito. Mas não confundamos prudência com um medo exacerbado, que turva a nossa percepção de risco real.

Tom Bike disse...

Concordo com a super Lady Guedes, dá para fazer isso, mas está dando um mole de sifú muito grande.

Principalmente se sem capacete ;)

Nem conheço a fera, mas para mim quer aparecer & sem pensar no mau exemplo para os ciclistas que não pedalam "tão bem" quanto ele/a :P

Vem correr aqui na trilha MTB preuver se vc pedala mesmo brother hahaha

Su disse...

Vi e revi o vídeo pra tentar entender a discussão e opinar. Sinceramente, não consegui indetificar nenhum sinal de imprudência do ciclista, muito pelo contrário. O cara parece ser muito experiente e, talvez por isso mesmo, cuidadoso e atento. Tudo que ele fez foi seguro e respeitoso com pedestres, carros e ele mesmo. Deveria se manter na pista da direita e se arriscar com os ônibus? Jamais, né. Nesse ponto, a legislação é falha, talvez porque criada por quem não tem ideia de como é pedalar nas ruas de São Paulo. Ciclista urbano consciente sabe que às vezes precisa compartilhar outras pistas e até ir pra calçada para se proteger e evitar acidentes. Para alguns, o vídeo pode ter dado a impressão de que a velocidade dele era alta, mas na verdade, não era, é só observar melhor pra perceber. Enfim, acho que foi um pouco precipitado a sua manifestação de repudio, LadyGuedes. O rapaz demonstra habilidade, respeito e responsabilidade em tudo, mesmo que não seja um cordeiro obedecendo leis incoerentes.

Fernanda Guedes disse...

Uau, quantos comentários!
Que bom poder oferecer a oportunidade de discutirmos esse assunto aqui -- e o melhor, de forma civilizada e respeitosa.
Obrigada a todos.

Rene Fernandes disse...

Oi Fernanda!

Sou fã do seu blog desde que achei seus twitts com a tag #vádebike. Acredito que você tenha feito um ótimo papel divulgando o uso de bicicletas. Parabéns!

Desta vez, discordo de você: em nenhum momento o ciclista coloca a vida de alguém em risco, nem a dele mesmo. Isto por si só bastaria. Além disto ele não viola uma lei de trânsito: o CTB é omisso quanto ao uso do corredor, especialmente para bicicletas.

Há um grande amigo que tem orgulho de atravessar a Paulista de bicicleta. Ele fala que está atravessando um símbolo do Brasil com um meio de transporte que não é a regra no país, e sim a "alternativa", mas andar na Paulista é um grande desafio.

Na faixa preferencial aos ônibus, não é viável. Muitos amigos nossos já se machucaram ou morreram andando perto da sarjeta. O que nos resta é a 2a faixa, quando o trânsito está fluindo, e o corredor, quando a má gestão do transporte urbano faz com que os pobres paulistanos que saíram de carro, muitas vezes obrigados pela falta de transporte público eficiente, fiquem "estacionados" em via pública.

Parabéns por iniciar a discussão. Um abraço,
Rene

Bruno Gola disse...

"Vem correr aqui na trilha MTB preuver se vc pedala mesmo"

Caramba Tom, ta precisando liberar um pouco detestosterona, hein? #vergonhaalheiafeelings

lmstefanini disse...

Com a Paulista cheia de carros parados, a faixa mais segura para o ciclista é entre os carros.
Com os carros andando, não há nenhuma faixa segura para os ciclistas!!

Tom Bike disse...

Sabe Bruno Gola... ahn ...nevermind :) Fica o convite para você vir pedalar aqui tmbm :D

http://goo.gl/maps/yR3B

Só marcar hora, o lugar já tem.

Traz o seu amigo. Ah, fat tire por favor.

#speederobobaodandomole

Shadow disse...

Se é o comentário do Tom que a Lady Guedes chamou de respeitoso, então não devo nem entrar na discussão.

Unknown disse...

Conversando com um holandes quando perguntamos como devemos nos portar numa cidade que ignora o ciclista e faz de tudo para que ele não possa pedalar ele respondeu.

"Se você está numa selva, aja como uma fera, pois ali a luta é pela sobrevivência"

Quem vive na selva tem que se virar para sobreviver e com meus anos de pedal em diversas selvas brasileiras, simplesmente eu mando as regras de trânsito (regras essas que foram criadas só pensando nos seres motorizados) para o espaço e pedalo como acho melhor.

O dia que as regras de trânsito levarem em consideração a bicicleta e forem feitas para garantir a minha segurança, prometo que as respeitarei a risca.

Mas hoje eu faço o que considero mais seguro e em algumas situações, considero andar dessa forma mais seguro.

Aliás a faixa em questão é preferencial ao ônibus e não exclusiva. Ou seja, o correto é o ciclista pedalar nessa faixa e fazer as ultrapassagens pela esquerda como manda a lei.

Finalizando, Rogério que você tem contra os Bicicreteiros? Posso saber? Por acaso você é um ser melhor que eu? Seu cocô é mais perfumado que o meu?

Abraços

André Pasqualini
Um BICICRETEIRO

Fernanda Guedes disse...

Caros leitores,

Temos aqui uma boa oportunidade para trocarmos ideias, experiências e comentários que, aliás, serão sempre bem-vindos, mesmo que diferentes da minha opinião pessoal.

Então, vamos deixar de lado as provocações e ressentimentos a fim de mantermos o alto nível desta discussão?

Beijokas da Fernanda.

Unknown disse...

Complementando depois de ler todos os comentários.

Art. 211. Ultrapassar veículos em fila, parados em razão de sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou qualquer outro obstáculo, com exceção dos veículos não motorizados:

Infração - grave;
Penalidade - multa.

Reparem que apenas os veículos não motorizados podem ultrapassar carros em fila. Exatamente o que ocorre no vídeo.

Abs

André Pasqualini
Bicicreteiro que anda sem capacete
(ainda estou aceitando doações)

Felipe Aragonez disse...

Chegando agora na conversa.
Não vi nada de errado na maneira que o experiente ciclista urbano, cicloturista e ativista da bicicleta, Albert, fez na maneira de pedalar.
Respeitou o sinalização, não furou sinais vermelhos (os pedestres que cruzam na frente dele atravessaram no vermelho, pois o trânsito parou, e mesmo assim, o ciclista respeitou).
Pedalar na Avenida Paulista com carros estacionados é mais seguro no corredor e o CTB nos garante isso, como o Pasqualini disse. E andar no corredor de ônibus pode ser fatal, como aconteceu com nossa amiga Márcia Prado, assassinada na própria Avenida Paulista, por um motorista de ônibus que não ultrapassou ela com segurança. Quem prestou atenção, viu que no vídeo, aparece a homenagem que os ciclistas fizeram para a Márcia, no local do acidente.
O aburdo que eu vi foi a enorme quantide de carros com uma pessoa dentro, causando esse grande congestionamento na principal Avenida da América Latina. Espertos são aqueles que usam a bicicleta como meio de transporte.
Espero que o Tom Bike, pare com essa infantilidade de ficar querendo criar briguinhas entre MTB e Speed. Somos todos iguais e usamos as pernas para nos locomover, não importa se é na terra, asfalto, com chuva ou sol. Parabéns Albert pelo registro. E deixo um link para refletir sobre o uso da bicicleta: http://biciclotheka.wordpress.com/2011/03/15/onde-ha-vida-bicicletas/

Verônica Mambrini disse...

Essa semana tive que passar pela Paulista e, mesmo tarde da noite, havia trechos congestionados. Tentei me manter na pista do direita junto com os ônibus e a maioria foi bem impaciente comigo. Prossegui pelos corredores sinalizando a cada mudança de faixa e a relação de respeito com os carros fluiu muito melhor.

Voltei para acompanhar a discussão por conta desse episódio e fico feliz de ver que de acordo com o CTB, a ultrapassagem de não-motorizados é permitida. Devo dizer que a velocidade foi semelhante à do vídeo, pouca coisa menor, e estava adequada à via. Numa ciclovia ou ciclofaixa ando a 15 km/h para não colocar em risco ciclistas mais lentos, crianças de bicicleta, corredores e pessoas passendo com o cachorro ou carrinho de bebê, sempre frequentes. Andar a essa velocidade na Paulista seria muito mais perigoso para todos.