E o frio? Fala sério! Tive que blindar minhas pernocas com duas meias: uma fio 40 e outra de lã. isso porque eu estava numas de ir de short jeans, tá? Hehehe. Camiseta, casaqueto de tricô, um baita casaco de lã por cima e, indispensável para pedaladas em dias de frio, um cachecol. Então, fica a dica: leve sempre um cachecol, lenço ou pashmina para enrolar no pescoço e também cobrir as orelhas, porque o vento é gelado e cortante. Além disso, o acessório deixa qualquer uma mais charmosa, né?
Agora aqui faço um parênteses para a minha primeira grande decepção nesta nova vida Eco-Chic: os motoristas que estão no trânsito numa sexta-feira por volta das 18h não estão nem um pouco civilizados, educados ou sequer cuidadosos. A sensação que eu tive foi a de enfrentar uma turba insana de carros que queriam passar por cima de mim.
Pior: passei um aperto danado... Por uma grandicíssima mancada minha, acabei ficando quase que no meio da pista, naquela faixa zebrada que liga a Sumaré à Henrique Schaumann, sem conseguir atravessá-la. Como muitos motoristas resolvem passar por cima da faixa para cortar caminho e ganhar alguma vantagem, acabei ficando numa situação perigosíssima.
Graças a Deus ainda existe gente boa nesse mundo e nem todos estão querendo passar por cima do que estiver na frente só para chegar mais 3 segundos mais cedo. Fui salva por um simpático e prestativo motoboy que parou o trânsito para que eu pudesse mudar de faixa em segurança.
Depois do episódio, meu coração ficou a mil por hora, claro!, e eu percebi que andar de bicicleta nas ruas demanda não só coragem, mas também um bocado de fé na cortesia alheia, o que pode ser um exercício inútil de fé, pois o respeito ao próximo parece ser coisa rara aqui nesta cidade.
Mágoas à parte, cheguei intacta ao MIS. Já havia algumas bibicletas presas ao tal "corrimão" que, na verdade era um portão de ferro... Prendi minha bike nele e tirei minha cestinha, só por precaução, até porque ela sai muito fácil, por ser só de encaixar. Fiquei contente ao ver que havia uma chapelaria e que eu não teria que ficar carregando cestinha e capacete durante todo o evento.
Minha camiseta "Bad at Being Good" pra fazer cara de má... ;P
Minha LadyBike e suas companheiras estacionadas no portão.
Não custa muito colocar um bicicletário, né? Que tal?
A cestinha e o capacete ficaram me esperando na chapelaria.
Os debates foram bem legais. Adorei conhecer a Daniela Arrais do blog "Don't touch my moleskine" e rever a Lia, super gracinha do blog "Just Lia" e também a Renata Simões, do Urbano, sempre cool... Aliás a Renata também estava de bike por lá, uma magrela lilás muito simpática. E eu babei no capacete de um dos debatedores, branco com duas listras azuis , num estilo bem vintage, que já virou sonho de consumo. Ele me disse que comprou na Free Cycle, então estamos em casa, porque foi de lá que veio a minha LadyBike.
As meninas debatendo e o povo gargalhando.
Voltei para casa depois das 22h. Não posso dizer que vim assobiando, despreocupadamente... Ainda tenho medo de andar com minha linda bike sozinha à noite. Mas medos são desafios que devemos superar, certo? Não gosto de nada pela metade, então já que entrei nessa vida Eco-Chic vou com tudo. Mas aos poucos. E com a máxima segurança.
Baita frio (14 graus!), garoa... hora de voltar para casa!
Esquina da Rebouças com a Brasil.
Beijokas da Fernanda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário