21 outubro 2010

Escola + Advogadas + Fnac + Sorveteria

Meu único motivo para sair de casa hoje era assinar uma procuração no escritório de minhas advogadas, que fica no Alto de Pinheiros. Não podia haver desculpa melhor para eu subir na bike e sair pedalando num gostoso calor de 30 graus. Na hora de me vestir, uma surpresinha desagradável: a calça skinny está apertada demais... Todo aquele pão, queijo, chocolate e vinho ingeridos nos últimos meses finalmente cobraram seu preço. E não foi na fatura do cartão de crédito, não! Foi no meu corpinho mesmo!
Toda mulher já nasce sabendo que não há tortura maior que se sentir gorda. Mas quer saber? Resolvi deixar essa lamentação para uma outra hora e me arrumei bem bonitinha para dar umas boas pedaladas.
Fiz mais ou menos como numa cena do filme "Comer, Rezar, Amar", quando a Julia Roberts fala para a amiga que, se o jeans está apertado e as gordurinhas "muffins" saltando, é hora de comprar um jeans maior e não de parar de comer.
Assim como a autora do livro, eu também estou me recuperando de uma depressão (que me fez perder 12 kilos em menos de 4 meses). Só não resolvi "me alimentar" na Itália porque não tenho grana para tirar um ano sabático e cuidar do corpo, da mente e do espírito. Isso é um luxo para poucas. Mas eu fiz a minha própria versão (de pobre, hehehe) por aqui mesmo: me reunindo sempre que posso com minhas amigas mais queridas em torno de uma boa mesa, comendo chocolates depois de umas pedaladas noturnas, enfim, voltando a ter prazer em comer, algo que, em determinado momento da minha vida, achei ter perdido para sempre. O problema é que achei demais, hehehe.
Bem, quando estava de saída para o escritório das minhas charmosas e poderosas advogadas da Vaiano Ferrara, toca o telefone. Era a orientadora da escola do meu filho, solicitando a minha presença com urgência por lá, pois Guilherme estava tendo um ataque de ira e ninguém estava conseguindo acalmá-lo. Ó, ceus! Pelo menos a escola e o escritório ficam na mesma direção, já pensou se fosse um para cada lado da cidade? Mesmo de bicicleta ia ser difícil conseguir fazer as duas paradas em tão pouco tempo disponível.
Desta vez, não parei a bicicleta na entrada da escola como de costume. Estou receosa demais desde que a Michelle, leitora do blog, me contou que roubaram a bike dela com cadeado e tudo. Entrei com a LadyBike no pátio, em pleno recreio! Dá pra imaginar o sucesso, né? A molecada amou!
Enfim, depois de conversar com a orientadora e me assegurar de que meu filho estava mais calmo, montei na LadyBike novamente e rumei para o charmoso prédio de lofts comerciais para assinar a tal procuração. Lá tem um paraciclos super bem cuidadinho, e o prédio conta com uma equipe de seguranças, mas mesmo assim, eu estava hesitante. Foi então que um dos rapazes se ofereceu para ficar de olho na LadyBike enquanto eu subia e resolvia minhas pendengas judiciais. Que simpático! Depois, quando voltei, ele queria saber onde estava o motor da bicicleta e eu, toda metida, apontei para minhas pernocas roliças e disse: "Aqui, ó!". Hahahahaha. Gente que pedala sempre está de bom humor, sabia?
Bem, já que eu estava na rua, ia aproveitar para dar uma paradinha na Fnac de Pinheiros e comprar cartuchos para a minha impressora. Parei novamente a Lady no paraciclos que fica na entrada e pedi à segurança que estava por lá para que cuidasse com carinho da minha amiga. Ela não sorriu. Pouco tempo depois, foi atrás de mim, para pedir que eu tirasse o capacete. Eu nem sabia que era proibido usar capacete dentro da Fnac. "E chapéu, pode?". Acho que ela não entendeu a brincadeira e voltou para seu posto, toda compenetrada. Tem gente que não tem senso de humor, sabia?
A vontade de repetir o Franpuccino era grande, mas a lembrança da calça justa me fez abandonar a ideia. Mas não adiantou muito, não, porque, ao subir a Rua dos Pinheiros, acabei parando numa sorveteria que meu amigo Ivson me apresentou e que tem picolés de frutas exóticas, como Araticum, Buriti, Mamacadela, Seriguela, Gabiroba e Cupuaçu, entre outras. Tomei um picolé de Graviola "zerado", ou seja, sem adição de açúcar, para aplacar a minha gula sem pesar demais na consciência. Mas, como desgraça pouca é bobagem, aproveitei para trazer mais alguns sabores para casa num isoporzinho que se encaixou muito bem na cestinha traseira. Meu filho vai amar os sabores que selecionei para ele. Acho que temos picolés para um mês. Ou dois dias, dependendo da voracidade. Hehehe.
Beijokas da Fernanda.
Disfarçando o volume extra dos quadris com mil colares. ;)
Rua João Moura: começa o sobe e desce da Vila Madalena.
Rua Purpurina, 30 graus na sombra. Delícia!
Quase chegando na escola. Depois da curva, uma subidinha...
LadyBike ficou ao lado da cantina, perto do girassol.
Descendo a Rua Nazaré Paulista, depois de enfrentar um baita subidão.
LadyBike no paraciclos mais charmoso de Pinheiros.
O loft 2, onde minhas talentosas advogadas ficam.
"Espelho, espelho meu: alguém tem coxas mais grossas que eu?"
Hoje até a minha sombra estava gordinha, hehehe.
Fnac. Está lá, na placa: pare aqui por sua conta e risco.
Meu picolé de Graviola. Gorda safada! Hahahahaha.
Zilhões de sabores e disposição para experimentar cada um deles!
Banco do "All Jazz", mas sempre que passo aqui tem gente sentada nele. Dei sorte.
Olha a embalagem pra viagem cheinha de picolés na cesta!
Acima o mapa do itinerário. Já sabe, né? 
Clique nele se quiser ver maior, com mais detalhes. :)

5 comentários:

Luiz Dranger disse...

Oi Fernanda,
A recepcionista da FNAC está mal treinada (como é normal em empresas francesas. Costumo dar treinamentos em programas de marketing e fidelização de clientes e as francesas são as piores clientes. Motoqueiro de capacete não pode entrar pois pode ser assalto, mas esqueceram de explicar isso p/ela. Mandei um email p/vc.
Luiz

Fernanda Guedes disse...

Foi exatamente o que eu imaginei, Luiz! Mas não fiquei chateada, não. Só brinquei com a falta de senso de humor da moça, que, aliás, foi bastante cordial e educada.
:)
Fernanda

Rodrigo Gonçalves disse...

Fernada! Sugiro vc adquirir uma trava em U para proteger melhor sua Lady Bike. Eu uso um cabo de aço com cadeado e uma destas travas em U. Em São Paulo deve ser mais fácil achar do que aqui em Floripa. é legal misturar dois tipos de travas para dificultar a ação de algum engraçadinho.
Bjs!

Rodrigo Gonçalves disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fernanda Guedes disse...

Rodrigo,
Valeu pela dica! Vou comprar uma assim que possível.
Bjks!
Fernanda