09 setembro 2010

Revista View + Amil + SP Arte/Foto + Supermercado

Quem me acompanha no Twitter sabe que ontem foi um dia chato. Fiquei entediada a ponto jogar Paciência no computador. O tempo estava ruim, uma garoa fina caía sobre São Paulo o que acabou por cancelar o pedal de quarta-feira do CAB. Além disso, eu já havia entregado todos os trabalhos antes do prazo previsto, então não tinha mais o que fazer a não ser bocejar, ver TV e esperar que o dia acabasse logo.
Jurei para mim mesma que hoje não teria mais um dia tão enfadonho. Trabalhei de manhã e reservei a parte da tarde para sair com a LadyBike. Eu tinha algumas coisinhas para resolver e também estava louca para ver a mostra SP Arte/Foto que abriu esta semana no Shopping Iguatemi. Adorei a edição do ano passado e estava curiosa para ver o que 2010 tinha reservado para meus ávidos olhinhos.
Mas antes, as obrigações: entregar uma nota fiscal na Revista View (que fica aqui pertinho, na rua Cônego Eugênio Leite) e levar um recibo de consulta para reembolso do meu plano de saúde na Rua Colômbia.
Tracei o mapa no Google (veja abaixo) e lá fui eu, estreando meu lindo par de botas Juicy Couture que comprei por uma pechincha na Generalli Shoes, na segunda. Eu estava um pouquinho apreensiva se conseguiria pedalar com um salto tão alto e uma sola tão nova, mas resolvi encarar o desafio. Ando meio ressabiada com as quedas que tenho levado, então todo cuidado é pouco.
Já na Avenida Paulo VI senti que a bota ia escorregar no pedal. Mas segui em frente, pedalando com muito cuidado, até ter a oportunidade de raspar a sola no concreto para deixá-la "no jeito". O truque funcionou, mas não o suficiente para que a bota passasse pelo meu crivo de segurança. Não é um bom calçado para pedalar. Tenho uma outra bota que é beeeem melhor. Mas vamos dar uma chance para a bonitona, né? Quem sabe depois que ela ficar mais velhinha ela volte a servir a minha LadyBike.
Tenho uma amiga muito querida, Silvana, que sempre diz "esse mundo é uma kitchnete". Lembro dela quase todos os dias, pois sempre me deparo com situações do tipo seis graus de separação, sacomé? Hoje mesmo aconteceu uma dessas. Assim que parei a minha bike em frente ao prédio da Revista View e me preparava para acorrentar minha Lady ao portão de ferro, escuto uma voz (que me pareceu vir do além) dizendo: "Fernanda, você não pode parar aí, não!". Fiquei meio atônita, procurando quem sabia o meu nome e, pior, estava implicando com a minha bike. Logo vi que era um dos meus companheiros de pedaladas, o Dante, que, coincidentemente, trabalha no mesmíssimo prédio ao qual eu vou pelo menos uma vez ao mês há anos! Conversamos rapidamente e ele me entregou um folheto de sua agência de turismo, a Auroeco, que tem viagens incríveis, inclusive algumas cicloviagens. Ó, céus! Se eu fosse rica, só vivia viajando... mas como sou pobre, rodo por São Paulo mesmo e "olhe lá!" como diz minha mãe.
Depois era hora de pegar a Avenida Brasil (supercongestionada, para variar) em direção à Rua Colômbia. Acho um saco esse negócio de ter que levar o comprovante pessoalmente na sede do plano de saúde e tal, mas já me conformei que eles não estão aqui para facilitar a vida da gente, muito pelo contrário. O mesmo manobrista gentil da última vez me avistou chegando e já acenou para que eu deixasse a bike perto dele. "Pode deixar que eu fico de olho", ele me disse. Tamanha foi a simpatia, que não pude deixar de sorrir e agradecer a gentileza.
Bem, pepinos descascados, hora de me entregar aos prazeres da alma. Rumei para o shopping Iguatemi, onde vários fotógrafos talentosos estão expondo seus trabalhos.
Quando cheguei ao paraciclo do shopping, uma surpresa: estava abarrotado de bikes! Não me lembro de ter visto tantas nas outras vezes em que fui lá. Bom sinal!
Prendi minha preciosa com a corrente e entrei no shopping. Já no elevador, subindo para o nono andar, vi que teria que fazer uma horinha pelas lojas, pois a exposição só abria às 16h e eram só 15h10. Numa outra situação econômica, isso não seria nenhum problema. Mas dura como ando, bater perna em shopping está mais para tortura do que para diversão. Fui sábia: entrei na C&A, pois sabia que não ia gostar de nada e na Americanas, pois sabia que compraria alguma coisa bem baratinha e me daria por satisfeita. Dito e feito: comprei dois pares de meia fina, daquelas para usar com botas. Pronto, já eram 16h! Subi de novo e fui me deliciar com as belas imagens e com o espumante oferecidos pela mostra. Nas fotos vocês poderão ver algumas das que mais gostei. Não sei não, mas algo me diz que vou voltar lá ainda mais uma vez...
Depois de me incensar com a beleza e o talento dos outros, montei na minha LadyBike e fui subindo a Alameda Gabriel Monteiro da Silva, em direção ao Pão de Açúcar, pois precisava comprar umas coisinhas aqui para casa: pão, queijo, geléia, aveia...
Quando fui parar minha bike, outra surpresa: pela primeira vez, havia uma companheira para a LadyBike no paraciclo. E, um pouco mais adiante, uma bike-cargo do supermercado, daquelas com as quais eu sonho para fazer as compras do mês...
Na saída, com a bike carregada e o trânsito bem pesado, tive que tomar muito mais cuidado, pois qualquer vacilo ia me levar de novo para o chão e eu não quero mais cair de madura! Mas deu tudo certo, os motoristas estavam gentis e sorridentes hoje e o meu trajeto de volta para casa foi tranquilo e feliz.
Sempre que entro na garagem e me olho no espelho, penso comigo mesma: "Valeu, Fernanda!". E, quer saber de uma coisa? Isso não tem preço!
Beijokas da Fernanda


Modelito do dia: calça skinny, camiseta, botas novas e casaqueto meio romântico.
No prédio da Revista View. O Dante está falando ao telefone, no fundo.
Só mesmo aqui, nos Jardins, Venezuela e Inglaterra fazem fronteira.
Parada obrigatória na Amil da rua Colômbia. Chaaaaaaaaaaaato!
Minha LadyBike bem cuidada pelo manobrista gentil.
Mais um cruzamento estranho: Venezuela com Inglaterra e Groenlândia.
LadyBike com suas amiguinhas no paraciclo do Iguatemi. Essa moda pega, viu?
Trabalho do Felipe Cama - imperdível. Adoro!
Coisa mais linda! Vem pra minha casa, vem!
Adorei essas pessoas-fantasma da Betina Samaia.
"Aceita um espumante?". "Só uma tacinha. Estou pedalando...". "Ahn?"
Caaaaaaaaaaaarmen!
Trabalho da Claudia Jaguaribe: lindo de tirar o fôlego.
Amei essas fotos do Felipe Segall. Achei tão escorpianas...
Trabalho de Rochelle Costi. Amei! Quero todos!
Coisa mais linda, delicada e querida. Você tem que ver pessoalmente!
Estava concorrido o paraciclo do Pão de Açúcar hoje...
Coisas que só de bike dá pra parar e ver.
Trânsito na Alameda Gabriel Monteiro da Silva. Fazer o quê, né?
Tentando achar uma brecha para atravessar a avenida Paulo VI, quase em casa.
O mapa do percurso. Pra mim foi pouco...
"Valeu, Fernanda!".
Minhas comprinhas nas cestinhas.
A tal da bota. Linda, né? Mas será que ela vai ficar" no jeito"?

4 comentários:

Helen M. disse...

essa exposição deve estar realmente muito interessante!!! e sua bota é linda =)

adoro seu blog, venho sempre ler seus posts... e estou escolhendo uma bike pra comprar em breve =)

bjs

Pedalando & Olhando disse...

Gostei das fotos. Vc tb tem bom gosto, as escolhidas estão 10, exceto a escopiana, muito hermético para mim. De resto, gosto de ler os posts detalhados e ando recomendando aos meus leitores que têm dificuldade de se relacionar com a bike no tráfego. Vc dá mostras claras de que não só é possível, como é chic ser ciclista!

Fernanda Guedes disse...

Obrigada aos dois pelos comentários. Fico feliz de saber que estou inspirando outras pessoas a mudarem suas vidas (para melhor) com o uso da bicicleta e com pequenas atitudes "eco-lógicas".
Bjks
Fernanda

Trânsito + Gentil disse...

Como é bom encontrar pessoas gentis por aí né? Assim dá até gosto de praticar gentilezas a todo momento.

Adoramos as fotos, principalmente pelo adesivinho do Trânsito + Gentil na sua bike! ;)

Atenciosamente,
Equipe Trânsito + Gentil.