06 setembro 2010

Pró-Sangue + Generalli Shoes + Farmácia + Padaria + Tombo = Tudo bem!

Véspera de feriado, ou seja, São Paulo quase vazia. Levantei cedo com o objetivo de doar sangue. Pensei que eu mesma devia dar o exemplo ao invés de somente recomendar que outros o fizessem. Afinal, este é o propósito deste blog.
O tempo esfriou mesmo por aqui e, quando saí de casa, um ventinho gelado entrava pelas mangas do meu casaco e arrepiava os pelos dos meus braços. Atravessei a Sumaré e subi até a Oscar Freire, rumo ao Hospital das Clínicas, onde fica um dos postos de coleta da Fundação Pró-Sangue, pedalando forte para espantar o frio.
Cheguei ao meu destino rapidamente, pois quase não peguei trânsito nas ruas normalmente cheias como a Teodoro Sampaio, por exemplo. Assim que prendi a LadyBike numa cerca, fui aconselhada por um policial que estava por lá a acorrentá-la e levar todos os acessórios. Pensei em ligar o alarme sonoro, mas como é muito sensível, qualquer pessoa que esbarrasse na bike o dispararia. E barulho definitivamente não combina com hospital. Então, deixei a bike por lá e fiquei torcendo para que ninguém mexesse nela.
Dentro do prédio fui seguindo a linha vermelha no chão e descendo vários andares até chegar ao posto da Fundação Pró-Sangue. Fiquei surpresa com a quantidade de pessoas que estavam esperando para doar sangue. E mais surpresa ainda com a demora para ser atendida. Eu realmente não esperava tanto movimento, mas estava determinada e tinha reservado a manhã só para fazer isso, então liguei meu som no celular e fiquei esperando. Quando finalmente fui chamada para a entrevista que antecede a doação, veio a decepção: eu não poderia doar por causa da medicação que tomo há quase um ano. Fiquei super triste, mas fiquei ainda mais chateada por perder meu tempo indo até lá, depois de ter lido cuidadosamente os requisitos básicos  e os impedimentos para a doação no site e não encontrar nenhuma menção aos medicamentos que tomo. Mas tudo bem, acho que valeu a intenção.
Ainda meio chateada, peguei minha LadyBike ( que estava intacta, inteirinha!) e resolvi que merecia um pouco de consumo insconsciente, uma shoppingterapia intensiva. Fui visitar minha loja de sapatos favorita, a Generalli Shoes, que fica perto do meu endereço anterior, na rua Alves Guimarães. Desci até lá pela avenida Rebouças (com bastante receio) e fiz questão de entrar na minha antiga rua, a Capote Valente e passar em frente ao velho edificio e acenar para Antonio, o porteiro. A loja, que há alguns anos atrás era somente uma portinha ue dava para uma sala apertadinha e forrrada de sapatos, virou uma loja grande, com um enorme estacionamento, manobristas e tal. Não tem paraciclo, mas usei uma das vagas para carro e deixei minha Lady bem estacionada. As vendedoras são as mesmas de 10, 12 anos atrás, o que é uma delícia, pois elas me reconhecem, sabem meu gosto (nada de salto baixo pra mim, hehehe) e são uns amores na hora de "dar aquela forcinha" pra "encaixar" o sapato que não estava previsto no orçamento. Saí de lá com uma linda bota de cano alto marrom que estava com um precinho excelente e cujo pagamento ainda foi dividido em várias parcela até ficar quase imperceptível. Ah, o doce gostinho de se autopresentear...
Bem depois disso, desci a Artur de Azevedo com meu novo par de botas bem preso ao bagageiro para buscar mais uma receita com meu médico, pois a tonta aqui só tinha pegado uma delas da última vez. Melhor assim, pedalei ainda mais com a minha bike. Passei na farmácia, comprei o remédio e segui por um novo caminho, cortando pelo meio da Fradique e da Mourato a fim de chegar na Villa Grano da Wizard, para comprar pães. Esta seria minha última parada antes de voltar para casa e eu já pensava se podia inventar mais alguma coisa para poder pedalar mais, mas nada me ocorreu. Na subida da João Moura, um pequeno acidente. Quem anda de bike sabe que é um saco parar na subida, principalmente com a marcha leve, pois na hora de montar de novo, muitas vezes o pedal gira rápido demais e desequilibra o ciclista. Foi exatamente o que aconteceu hoje e eu caí, mais uma vez, só que desta vez do lado esquerdo. Minha calça Zoomp (snif, snif) rasgou na altura do joelho esquerdo e fiquei com um arranhão bem feio no joelho. Mais um para a minha coleção de hematomas, arranhados e que tais. Ainda bem que não tinha calçado as botas novas, caso contrário o prejuízo teria sido bem maior! Estou com pernas de moleque e minhas saias não saem do closet há um tempão...
Apesar do susto e do potencial risco ao cair numa rua que normalemente estaria bem movimentada, eu me recuperei rapidamente e voltei para casa a fim de lavar meu machucado, almoçar e cuidar da vida.
Amanhã vou aproveitar o feriado para pedalar novamente com o pessoal do Olavo Bikers. Todos estão convidados a participar, desde que tenham uma bicicleta bem conservada, equipamentos de segurança e um bom condicionamento físico. Ah, não se esqueçam de levar também os R$2,00 para o asilo dos velhinhos com o qual os pedais do Olavo colaboram.
Bom feriado para todos.
Beijokas da Fernanda.

Friozinho bom para exercitar a elegância. ;)
A caminho do Hospital das Clínicas.
A LadyBike ficou quietinha me esperando.
Fui seguindo as linhas vermelhas no chão até chegar.
Minha senha para a triagem.
Posto de coleta de baterias e celulares da Claro no HC.
A LadyBike teve seu dia de carro no estacionamento da Generalli.
Meu lindo par de botas novas bem preso ao bagageiro.
Na Mourato Coelho, quase esquina com Teodoro Sampaio.
Paradinha para comprar o remédio.
Sou cismada com esse sapo faz um tempão...
A LadyBike já é velha conhecida da Villa Grano.
Chegando na minha rua, pausa para apreciar o Ypê.
Explosão de amarelo. Pena que o dia estava nublado.
Mapa Ida, volta e queda. Hahaha. Clique para amplliar.
Eu caí, sim, e daí?
Vou parar de contabilizar os machucados, hehehe...

6 comentários:

Pedalando & Olhando disse...

lADYG, vc é uma figura! Estas suas aventuras do dia a dia de bike são inspiradoras... hehehe...

Fernanda Guedes disse...

Obrigada!?
Hahaha.
:)

Lili Chiurco disse...

Fernanda, que dia gostoso vc teve! Apesar de não ter conseguido doar sangue, o que vale é a iniciativa, e isso não te falta, não é?
Melhoras para o seu machucado!
Beijos
Lili

Rodrigo Gonçalves disse...

Fernanda, a-d-o-r-o seu blog! Também uso uma bicicleta para meu deslocamento e suas histórias me divertem muito (adorei seus tombos, eheh). Suas iniciativas sutentáveis e seus desabafos e observações do cotidiano são inspiradoras. Meus parabéns!!! Acho suas fotografias muito legais e sempre entro no seu blog esperando o relato do dia de pedal e suas fotos de como estava seu visual e como a LadyBike está... Por sinal, acho a LadyBike uma rainha das bicicletas!! Musa inspiradora para minha bike, embora a sua seja mais feminina na essência do que a minha, sabe como é, uma bicicleta "de menino" não pode ter "salto alto" (se é que vc me entende, eheh)... Ah, fica aqui, então, um pedido-desejo meu.... Posta umas fotos e quem sabe um texto especial descrevendo seus apetrechos e customização da Lady Bike (posta, posta, posta, please!!!) Como é seu capacete? O poderoso alarme (como ele funciona? vale a pena?) As suas cestinhas, como são? São práticas? O seu retrovisor, como é? Ah, coisas assim... Tudo bem, se ficar muito extenso, deixa, mas é um pedido de uma pessoa que entra diariamente em seu blog para ver as duas belezas dele, você e a LadyBike (com todo respeito, viu?). Continue assim!! Beijão!
Rodrigo - Florianópolis - SC

Nino Coutinho disse...

Um voto para o pedido do Rodrigo! Também fico super curioso para saber esses detalhes. Estamos no aguardo!

Fernanda Guedes disse...

Rodrigo e Nino,
Obrigada pelos comentários e fiquem certos que o post sobre a LadyBike já está no forno.
Bjks
Fernanda