18 janeiro 2012

Oba! Duas novas ciclorrotas para SP.

 
Ciclorota da Lapa  -  Foto: Raphael Monteiro de Oliveira

Apesar de ainda faltar muito para São Paulo poder ser um exemplo de cidade “ciclável”, a implementação de duas novas ciclorrotas não pode deixar de ser comemorada. Muita gente não compreende a utilidade das ciclorrotas, mas elas inauguram uma nova “era” de compartilhamento do espaço público. Uma “era” onde a bicicleta é reconhecida como modal de transporte não só pelo Código Brasileiro de Trânsito, mas de forma concreta e explícita, através de placas e sinalização terrestre, informando e alertando a todos que transitam por aquelas vias, de que elas são também voltadas para ciclistas.

Vale lembrar que não somente nas ciclorrotas, as bicicletas têm prioridade em toda e qualquer via urbana, exceto onde seu trânsito é expressamente proibido, como em casos de vias expressas. É o que determina o Código Brasileiro de Trânsito, embora muitos cidadãos não saibam ou aceitem essa regulamentação.

Inauguradas em dezembro passado, as ciclorrotas da Lapa e da Mooca chegam para somar à rede de vias indicadas para ciclistas divulgadas na primeira edição do mapa das ciclorrotas de São Paulo, abrangendo uma área conhecida como centro expandido de São Paulo.

Segundo dados da CEBRAP (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), as duas novas ciclorrotas somadas dobram o número de quilômetros de vias com sinalização para trânsito de ciclistas compartilhado com os demais modais de transporte.
Ciclorota da Mooca - Foto: Webbiker.
Na Mooca, zona leste, são 8 km de vias, que ligam o Centro Educacional da Mooca ao SESC Belenzinho, passando pela Avenida Cassandoca e a Rua Tobias Barreto. Já na Lapa, zona oeste, são 18 km de vias que conectam os Parques Villa-Lobos e Água Branca, passando pelas Ruas Duarte da Costa, Fábia, Coriolano, Avenida Pio 11, Ruas Padre Chico e Turiaçu, SESC Pompéia, Centro Educacional e Esportivo Pelezão e Sociedade Esportiva Palmeiras.

Embora concordem na utilidade de investidas como esta, autoridades e cicloativistas discordam sobre a função e a seleção de áreas onde devam ser implementadas novas ciclorrotas. De um lado, as autoridades defendem ciclorrotas em áreas onde o uso da bicicleta é habitual e para viagens curtas dentro dos bairros para atividades cotidianas como ir à padaria e à escola. De outro, os ativistas rebatem pela implementação de ciclorrotas em toda a cidade, inclusive em áreas de grande fluxo de trânsito, onde reivindicam a diminuição dos limites de velocidade, o respeito e reconhecimento do transporte por bicicleta como qualquer outro, assim como consta no CBT.

Divergências à parte, que tal aproveitarmos as iniciativas para mudarmos atitudes e comportamentos? Tanto de utilizar a bicicleta com responsabilidade e respeitando as leis de trânsito, como dos que utilizam os outros modais de transporte para se adaptarem e acostumarem a conviver com ciclistas no dia a dia?

Enquanto isso, a CET divulga que focará o monitoramento e a fiscalização nos cruzamentos e pontos de maior fluxo das duas novas ciclorrotas para garantir a segurança e respeito aos ciclistas.


Via: Movimento Conviva

3 comentários:

Lili disse...

BOM DEMAIS!!! =)

Fernanda Guedes disse...

É um bom começo, né, Lili?
Bjks
F

Lili disse...

Ótimo começo, com certeza... O importante é andar, e não o tamanho do passo, não é?
Beijos