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25 julho 2011

Cultive Suas Próprias Roupas.

A designer Suzanne Lee compartilha seus experimentos no cultivo de um material baseado no kombuchá que pode ser usado como tecido ou couro vegetal para a fabricação de roupas. O processo é fascinante, os produtos são bonitos e o potencial é simplesmente fenomenal.
Assista a versão com legendas neste link ou leia a íntegra da palestra abaixo.

Via: TED


"Como designer de moda, sempre tive a tendência de pensar em materiais como algo assim, ou assim, ou talvez desta forma. Mas, então, encontrei um biólogo, e agora penso em materiais desta maneira -- chá verde, açúcar, alguns microorganismos e um pouco de tempo. Essencialmente estou usando uma receita de kombuchá que é uma mistura simbiótica de bactéria, levedura e outros microorganismos que tecem celulose num processo de fermentação. Com o tempo, estas linhas finas se dispõem em camadas no líquido e produzem um tapete na superfície.
Então, começamos fazendo o chá. Preparo mais ou menos 30 litros de chá cada vez, e quando ainda está quente, adiciono alguns quilos de açúcar. Mexemos até que esteja completamente dissolvido e despejamos em uma banheira de crescimento. Precisamos verificar se a temperatura baixou a menos de 30°C. E então estamos prontos para acrescentar os organismos vivos. E junto com eles, um pouco de ácido acético. E, uma vez que você deu andamento ao processo, pode realmente reciclar o líquido previamente fermentado. Necessitamos manter uma temperatura ótima para o crescimento. Uso uma manta aquecida sobre a qual coloco a banheira e um termostato para regulá-lo. Na verdade, em climas quentes, posso cultivá-lo em áreas abertas. Então esta é a minha mini-fazenda de tecidos.
Aproximadamente três dias depois, as bolhas aparecerão na superfície do líquido. E isto nos indica que a fermentação está a pleno vapor. E as bactérias estão se alimentando dos nutrientes do açúcar no líquido. E elas estão tecendo estas finas "nanofibras" de pura celulose. E estão colando-se umas às outras, formando camadas e criando um lençol na superfície. Depois de duas a três semanas aproximadamente olhamos para algo que tem mais ou menos a grossura de uma polegada. A banheira à esquerda, cinco dias após, à direita, depois de 10. E esta é uma cultura estática. Não temos que fazer nada para isso; literalmente, você só tem que vê-la crescer. Ela não precisa de luz.
E quando está pronta para ser colhida, você a retira da banheira e lava com água fria e sabão. Neste momento, ela é realmente pesada. Contém mais de 90 por cento de água, e precisamos deixar que evapore. Eu a estendo em uma superfície de madeira. Novamente, você pode fazer isso em área aberta e apenas deixar que seque no ar. E enquanto seca, está se comprimindo, de forma que o que resta, dependendo da receita, é algo que pode parecer papel, leve e transparente, ou algo que é muito parecido com couro vegetal flexível. E então você pode recortá-lo e costurá-lo convencionalmente, ou pode usar o material úmido em formas tridimensionais. E, à medida que evapora, ele se unirá, formando as costuras.
A cor nesta jaqueta vem exclusivamente do chá verde. Acho também que se parece um pouquinho com a pele humana, o que me intriga. Uma vez que é orgânico, estou realmente propensa a minimizar a adição de químicos. Posso alterar a cor sem utilizar tingimento através de um processo de oxidação do ferro. Usando pigmentos de frutas e vegetais, cria-se padronização orgânica. E usando índigo, podemos torná-lo antimicrobiano. E realmente, o algodão precisaria de 18 imersões no índigo para apresentar esta coloração escura. Em razão da super-absorvência deste tipo de celulose, ela precisaria de apenas uma, e bastante rápida neste caso.
O que ainda não posso fazer é torná-lo resistente à água. Se eu tivesse que caminhar sob a chuva usando essa vestimenta hoje, começaria imediatamente a absorver enormes quantidades de água. A roupa se tornaria realmente pesada, e, por fim, as costuras provavelmente romperiam -- deixando-me completamente nua. Possivelmente uma peça de bom desempenho, mas definitivamente não ideal para uso cotidiano. Aquilo que estou procurando é uma forma de dar ao material as qualidades que necessito. E o que quero fazer é dizer para um futuro microorganismo, "Teça uma linha. Alinhe-a nesta direção. Faça-a repelir água. E enquanto faz tudo isso, assuma este formato tridimensional."
A celulose de bactérias já está realmente sendo usada na cura de ferimentos, e possivelmente no futuro para veias biocompatíveis, possivelmente também na reposição de tecido ósseo. Mas com a biologia sintética, podemos realmente imaginar uma engenharia que leve esta bactéria a produzir algo que nos dê a qualidade, a quantidade e o formato do material que desejamos. Obviamente, como designer, isto é realmente excitante. Porque então comecei a pensar, uau, podemos realmente imaginar o cultivo de produtos de consumo.
O que me entusiasma sobre o uso de microorganismos é a eficiência deles. Então cultivamos apenas o que precisamos. Não há desperdício. E, de fato, podemos fazer isso a partir do fluxo do desperdício -- por exemplo, fluxo de desperdício de açúçar de uma fábrica de processamento de alimentos. Finalmente, findo o uso, poderíamos biodegradá-lo naturalmente junto com as cascas de vegetais. O que não estou sugerindo é que a celulose microbiana vá ser um substituto para algodão, couro e outros materiais têxteis. Mas realmente acho que poderia ser um acréscimo bem inteligente e sustentável aos nossos cada vez mais preciosos recursos naturais.
Enfim, talvez não seja na moda que veremos esses microorganismos causarem impacto. Podemos, por exemplo, imaginar o cultivo de um abajur, uma cadeira, um carro ou talvez uma casa. Então penso que minha pergunta para vocês é: no futuro, o que você escolheria cultivar?
Muito obrigada"

10 março 2011

Sonho de Consumo: Méral Randonneur.

Méral foi uma famosa marca de bicicletas francesa com sede em La Fuve, no Vale do Loire. 
Em seu catálogo, eles tinha de tudo um pouco para agradar ciclistas de todas espécies: bicicletas para corrida, tracking, montain, street, cycle-chic para damas, ou seja, um verdadeiro sonho. Pena que esse sonho não perdurou e a companhia acabou sendo emcampada há alguns anos atrás.
Este modelo aqui é o Méral Randonneur e foi projetado na época em que Francis Quillon (hoje considerado um guru no quesito fabricação de quadros para bicicleta na França) era ainda presidente da empresa.
Mas o que seria uma bicicleta do tipo Randonneur? Vamos à Wikipedia:
Randonneur é uma palavra originária do Francês que denomina o ciclista especializado em participar de eventos de longas distância, as randonnée ou brevet, provas não-competitivas. O feminino para o termo Randonneur é Randonneuse. Oui, je veux être une Randonneuse.
Os Randonneurs são ciclistas experientes, geralmente de meia-idade, acostumados a percorrer de 200 a 1200 km de distância a cada prova, sempre em busca de memoráveis cicloviagens e cicloaventuras.
Ou seja, uma bicicleta do tipo Randonneur é aquela montada para atender às necessidades de uma longa pedalada, e deve contar com acessórios que facilitem a vida "na estrada" (como os faróis, bagageiros e porta-alforges) e estrutura robusta para enfrentar bem os percalços do caminho.
Eu acho que a Randonneur é uma bicicleta para sonhadores e românticos em geral, daqueles que confiam na luz do luar (e de um farol a dínamo) para guiar seus caminhos por aí.


Bora babar no modelito?
=)

Meral Randonneur
Meral Randonneur
Meral Randonneur
Meral Randonneur
Meral Randonneur
Meral Randonneur
Meral Randonneur
Meral Randonneur
Meral Randonneur